Open banking: uma nova forma de tratar os dados que promete revolucionar a relação entre bancos e clientes. Nessa plataforma, você, e não mais as instituições financeiras, tem total controle das suas informações. Segundo o portal InfoMoney, especializado em assuntos direcionados a economia, o conceito “promete mudar a forma como o mercado financeiro funciona impactando diretamente bancos, fintechs e outros negócios relacionados”.
A explicação do open banking pode ser entendida através da própria tradução livre: um banco aberto. A plataforma sugere um compartilhamento de dados, produtos e serviços financeiros. Com essa implementação, todas as instituições bancárias utilizariam tecnologias padronizadas para, assim, facilitarem a comunicação e tornarem a portabilidade um processo com muito menos burocracias. A tecnologia já é uma realidade no Reino Unido e outras grandes potências como Estados Unidos e Japão já têm estudado a possibilidade.
A implementação do open banking também geraria impactos positivos no mercado, definido pelo Nubank, famosa startup de serviços financeiros, como “um setor conhecido por ser super concentrado”. Segundo a empresa, a plataforma ajudaria na expansão da oferta de produtos e serviços financeiros oferecidos, o que geraria mais concorrência e mais competição.
Em um exemplo contextualizado, mas não literal, o open banking lembra muito as portabilidades de celular; quando o usuário troca de operadora, mas escolhe levar consigo o mesmo número. Como citamos acima, o correntista seria o dono dos próprios dados e poderia consultá-los e utilizá-los como bem entender, como realizando movimentações financeiras e criando cartões de crédito ou débito com bandeiras e plataformas de qualquer instituição, e não apenas a do próprio banco.
Outro exemplo prático da vantagem desse controle total dos próprios dados proporcionado pelo open banking está nos empréstimos. O usuário teria toda liberdade para solicitar dinheiro em uma instituição da qual ele ainda não tenha vínculo utilizando as informações já registradas em outra empresa para conseguir aumento de limite ou menores juros.
Todo esse sistema de “conversa” entre os bancos de dados só será possível graças à implementação de uma tecnologia conhecida como Application Programming Interface, ou simplesmente API. É ela que garante a portabilidade e padronização das tecnologias utilizadas pelo open banking. De acordo com o portal Canaltech, a API é “um conjunto de rotinas e padrões de programação para acesso a um aplicativo de software ou plataforma baseado na Web”.
No caso do open banking, o funcionamento seria através das APIs abertas. Apesar do que o nome sugere, não significa que esteja disponível para qualquer pessoa acessar ou alterar. O desenvolvedor de uma API aberta cria um código compartilhável, algo que pode ser utilizado por outras empresas e outros desenvolvedores, o que reforça, mais uma vez, o benefício da padronização. Ainda de acordo com o Nubank, essa tecnologia garante “que um ecossistema de produtos e serviços financeiros seja criado ao redor das instituições”.
Vale lembrar que o cliente leva os dados e compartilha com outra instituição apenas se for da vontade dele. A implementação do open banking não é uma garantia de dados soltos e com fácil acesso, pelo contrário, o seu sigilo bancário será ainda mais respeitado. Justamente pelo compartilhamento de dados, a plataforma propõe otimizações de segurança para que suas informações não fiquem em mãos indevidas.
Poucos dias após a estreia do PIX, o Brasil pode se ver diante de mais uma revolução em suas instituições. Isso porque o Banco Central vem estudando nos últimos meses a implementação do banco aberto. Em entrevista transmitida pela Internet, o presidente do BC afirmou que o modelo adotado no Brasil deve ser “o mais vasto do mundo”. Justamente por esse maior leque de possibilidades, a tecnologia pode ser adotada aqui com o nome “finanças abertas”.
E você, acredita que essa novidade pode revolucionar sua vida financeira?
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